"Esta notícia é muito boa, pode representar a luz no final do túnel, mas não vai solucionar o problema do preço baixo pago pelo litro de leite".
A afirmação é do professor ADELAR ZIMMER, sindicalista cedrense e presidente estadual do Conseleite - Conselho Paritário Indústria e Produtor.
Ele foi entrevistado pela Rádio Integração AM para avaliar a notícia da suspensão de importação de leite, por parte do Governo Federal, do Uruguai.
ZIMMER disse que a notícia é boa. Afirmou, porém, que do montante total de leite importado pelo Brasil, o Uruguai representa apenas 3%, sendo a maioria de leite em pó.
"O Governo até demorou para nos atender e perceber que o Uruguai exporta para o Brasil mais do que produz. Ele aproveita a variação cambial do dólar e coloca no mercado brasileiro leite em pó produzido na Nova Zelândia", afirmou o sindicalista.
De acordo com ZIMMER, é preciso trabalhar fortemente na eliminação da brucelose e tuberculose para que o Brasil exporte leite.
Conforme ele, é importante que os produtores tenham essa consciência sobre a sanidade que pode garantir a abertura de novos mercados melhorando o valor pago por cada litro de leite.
"O que nos dificulta a vida hoje é que o balizamento do preço do leite é feito pela lei da oferta e da procura. Como há muitos desempregados, o consumo de leite e seus derivados ainda está baixo", afirmou.
ADELAR ZIMMER orientou os produtores que mantenham as contas equilibradas e não contraiam novas dívidas.
Afirmou que é preciso agora aguardar a publicação da medida de suspensão da importação de leite uruguaia por parte do Governo Federal para saber se, na prática, haverá alguma noticia positiva.
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