Regras das novas instruções normativas para a produção de leite devem começar a valer nos próximos meses e exigem adaptação das propriedades rurais.

De acordo com o médico veterinário da Coopacep, a Cooperativa de Produtos da Agricultura Familiar e Economia Solidária de São José do Cedro e Princesa, MÁRCIO GOZZI, essas normas têm o objetivo de aprimorar a produção para atender a demanda do mercado consumidor.

Ele pontua que as Instruções Normativas 76 e 77 já foram publicas no Diário Oficial da União e devem passar a ser colocadas em prática no próximo mês, tanto para o produtor, o transportador, a indústria e o mercado.

O médico veterinário frisa que seguindo a instrução normativa, a partir de maio, somente será coletado o leite em propriedades que refrigerem o leite em tanques de expansão ou sistema de placas.

Os agricultores que ainda usam resfriador de imersão, aqueles em que os tarros são colocados dentro da água refrigerada, não poderão mais fazer a entrega do leite.

MÁRCIO GOZZI acrescenta que outra norma que passará a vigar a partir de maio se refere à qualidade do leite, tomando como referência a CBT, Contagem Bacteriana Total de no máximo 300 mil por mililitro de leite e a CCS, Contagem de Células Somáticas de no máximo 500 mil.

"De acordo com o Ministério da Agricultura, propriedades que registrarem durante mais de três meses uma média acima de 300 mil de CBT, que diz respeito à quantidade de bactérias no leite, terão dois meses para se adequar. Caso contrário, o leite produzido nessa propriedade não será mais recolhido", detalha o veterinário da Coopacep.

Segundo ele, esses números são facilmente controlados com um bom manejo na prática da atividade leiteira, desde antes do momento da ordenha até a refrigeração e a coleta do leite pelo transportador.

Na opinião de MÁRCIO GOZZI, que se todas as exigências previstas nas Instruções Normativas 76 e 77 entrarem em vigor algumas a produção de leite em algumas propriedades rurais deve ser inviabilizada.

Contudo, ele acredita que aqueles que buscarem a adaptação, com assistência técnica, não devem ter dificuldades para cumprir essas primeiras normas que entrarão em vigor para melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil.

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