Segundo o Ministério da Agricultura, as Instruções Normativas 76 e 77, devem entrar em vigor dia 30 deste mês, daqui a 15 dias.

Mas, as entidades do setor dizem que os produtores necessitam de uma fase de adaptação de mais dois anos, o que precisa ser aprovado pelo Ministério.

O coordenador da Aliança Láctea da Região Sul, AIRTON SPIES, diz que as normas são positivas e necessárias, mas os produtores não conseguem cumprir agora quatro exigências.

São elas: contagem de CPP nos silos em 900 mil (placas formadoras de colônias de bactérias), temperatura do leite no máximo em 7ºC, exigência de análise mensal de resíduos de medicamentos em cada propriedade e suspensão da coleta se o produtor não cumprir tudo isso em três meses.

Segundo ele, em Santa Catarina, 54% do leite estaria ilegal na contagem de CPP. No Brasil os testes indicam mais de 80% com problema.

O presidente da Faesc, Federação da Agricultura no estado, JOSÉ ZEFERINO PEDROZZO, é uma das lideranças que defendem a postergação da implantação de todas as normas das novas Instruções Normativas, do governo federal.

Segundo ele, deve haver maior empenho das indústrias e do setor público para treinar os produtores.

O Estado é o quarto maior produtor nacional de leite com cerca de 3 bilhões de litros/ano em 80 mil propriedades, 60 mil com atuação comercial.

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