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18.07.2019 |

Queda brusca no preço do litro de leite preocupa produtores


É que o pagamento da produção entregue no mês de junho sofreu impacto negativo de 20, 25 até 30 centavos em alguns casos.

A redução significativa do valor recebido pela produção, agora em julho, afeta uma cadeia produtora de mais de 1.000 produtores de leite de São José do Cedro.

É o caso do agricultor residente na Comunidade de Nossa Senhora da Saúde, JAISON SARTORI.

Com uma produção média de 2.300 litros de leite por dia, a queda de 30 centavos representa em torno de 20 mil reais a menos na conta em apenas um mês.

"Quando a gente fala em centavos, pensando em um litro de leite, não parece muita coisa, mas para o produtor, pensando custo de produção, é bastante. E, quando multiplica isso pelo trabalho de um mês inteiro então, o prejuízo gigantesco", desabafa o agricultor.

JAISON SARTORI lembra que a dificuldade enfrentada em sua propriedade é apenas um recorte da realidade que os produtores de leite vêm enfrentando, e não só em Santa Catarina.

Ele observa que conversa com produtores de outros estados, como Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Goiás, que também têm relatado queda significativa no valor pago pelo leite na época do ano em que o preço deveria aumentar em função do consumo maior.

"É o segundo ano em que no inverno o preço baixa e a justificativa dos laticínios é que não há consumo. Mas, fica difícil acreditar que esse é o motivo", comenta.

"Os produtores de leite são muitos. Em Cedro, por exemplo, são quase dois mil. Enquanto isso, os laticínios que captam leite aqui são 10, no máximo 15. Para eles é fácil falar a mesma linguagem e combinar alguma coisa", destaca o produtor de leite.

Na opinião dele, o que deveria existir é a união dos agricultores para cobrar uma garantia de preço mínimo e condições para que os produtores coloquem preço no seu produto e não os compradores.

"Quando a gente vai ao mercado, a uma loja, não somos nós quem definimos o preço que vamos pagar pelo produto. O proprietário é que estipula. Mas, no caso dos produtores de leite não é assim", observa JAISON SARTORI.

"A gente precisa de um capital grande para produzir. Já corre uma série de riscos por conta do clima, da saúde dos animais. Trabalha e entrega a produção de um mês inteiro sem saber o que vai ganhar por ela. Além disso, recebe o pagamento 15 dias depois. São 45 dias na corda bamba", enfatiza.

O produtor de leite da comunidade de Nossa Senhora da Saúde, no interior de São José do Cedro, ainda ressalta que o discurso de redução de custos de produção não resolve a situação dos agricultores que produzem leite.

"Não tem como fechar a conta, pois o preço dos insumos para a produção como a ração, para o plantio, os produtos de limpeza e tudo mais que gira em uma propriedade rural só aumenta", diz JAISON SARTORI.

"Precisamos de uma mobilização em nível nacional. Aqui, nós estamos entrando em contato com secretários de Agricultura, prefeitos, lideranças em geral, para tentarmos levantar uma pauta e buscar uma negociação para uma garantia de preço mínimo", comenta.

O produtor de leite cedrense reforça que a situação é delicada e aclama para a união, não só de agricultores, mas do comércio local, já que o reflexo dessas perdas chegará também para os outros setores da economia.

 

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