A decisão foi tomada após a exposição da reivindicação na sessão da Câmara de Vereadores e a discussão em uma reunião, mediada pelo Legislativo, com a secretária de Educação, TÂNIA DOS SANTOS.

A secretária expôs aos pais de alunos matriculados nas escolas municipais as razões pelas quais foi adotado o modelo de ensino híbrido, que recepciona 50% dos estudantes numa semana e os outros na semana seguinte, intercalando com atividades remotas.

Mesmo após o anúncio do Governo do Estado, que orienta também as Secretarias Municipais de Educação, liberando o atendimento de 100% dos alunos nas escolas que conseguem respeitar o distanciamento de um metro e meio entre os alunos, o grupo de pais insiste na busca de caminhos alternativos.

É que, nas escolas da cidade, da forma como está posta a organização, não será possível atender a todos os alunos. Apenas nas escolas do interior, que têm menos alunos por turma.

KELI TOMBINI, mãe de estudante da rede municipal cedrense e uma das participantes do grupo de pais, disse à Rádio Integração, que o abaixo-assinado está sendo organizado por que há o entendimento de que com uma reorganização dos alunos nas turmas e nas escolas possa ser possível atender a todos.

"Nós não queremos o formato híbrido. Consideramos que o ano de 2020 não foi produtivo. Os professores, a Secretaria, os alunos, os pais, todos fizeram a sua parte, porém não é a mesma coisa, não é o mesmo rendimento de quando estavam dentro de uma sala de aula", justifica.

KELI TOMBINI observa que o grupo de pais entende que a retomada das aulas 100% presenciais é benéfica não só para as crianças, mas para todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem, inclusive os pais.

"A nossa preocupação é com o futuro e os prejuízos deste aprendizado, bem como, com as questões financeiras e o desgaste para os pais que têm filhos nas creches, ou não têm com quem deixa-los", enfatiza.

Ela salienta que o abaixo-assinado tem o aval dos vereadores, uma vez que a Secretaria de Educação, infelizmente, está impossibilitada de tomar a decisão devido aos protocolos sanitários impostos para a prevenção da Covid-19.

A coleta de assinaturas dos pais, que têm filhos matriculados nas escolas municipais de São José do Cedro, já está sendo feita em postos como: o Restaurante do City Hotel, no Salão da IVA, no Escritório WENDPAP, na Farmácia Cedrense, na fábrica RUBIN, na Pety Brinquedos, na Cayos Corretora de Seguros e no Supermercado Poko Preço. O pai MARLOS BUDTINGER, o pai RUDIMAR BRUDER e a mãe VALDÌVIA DE MELLO também estão coletando assinaturas.

KELI TOMBINI adianta que o abaixo-assinado será apresentado ao Ministério Público. O grupo de pais já agendou uma reunião com a promotora MARIANA MOCELLIN, no dia 23, uma vez que o órgão acompanha a retomada das aulas e poderá auxiliar na solução do impasse.

"Pedimos que os pais assinem as listas para unirmos forças. Estamos preocupados com o futuro dos nossos filhos. É preciso cuidar da saúde, mas da forma como estão as coisas parece que só se pega a doença na escola", finaliza ela.

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