Um dos questionamentos mais feitos pela comunidade regional, a partir dos indícios e da confirmação de colapso nos hospitais referências para o tratamento de Covid-19 é a possibilidade de ampliação de leitos de UTI, Unidade de Tratamento Intensivo.

Com taxa de ocupação que chegou a 99,9% nesta semana e quase 300 pessoas aguardando vaga em leitos de UTI, o Estado começou a transferir pacientes para hospitais do Espírito Santo.

O Hospital Regional de São Miguel do Oeste é uma das unidades do Oeste catarinense que está há vários dias com 100% de ocupação na UTI, segundo informa o diretor geral RODRIGO LOPES.

Para amenizar a situação, hospitais menores da região tiveram leitos clínicos habilitados. Desde o início da pandemia, o Regional conseguiu criar dez leitos, ampliar para 18 e depois para 25 durante o agravamento da situação.

A questão é que agora há dificuldade de expandir os leitos de UTI, os outros hospitais da região, como o de São José do Cedro, o de Guarujá do Sul, de Anchieta, Palma Sola, Guaraciaba, Dionísio Cerqueira, não têm condições de fazer este tipo de atendimento, conforme LOPES.

"Eles não têm capacidade de atenção, não rede de gás, de oxigênio de ar comprimido. Existe todo um aparato em torno de um leito de UTI. Precisa de equipe capacitada, diversas especialidades. O cálculo que a gente faz, aproximado, é de 100 profissionais para cada dez leitos de UTI", detalha o diretor geral do Hospital Regional de São Miguel do Oeste.

"O que ocorre hoje é que não tem mais profissionais no mercado. É um problema do mundo. Estamos com um processo seletivo para contratação de um médico intensivista há quase um ano e ainda não apareceu ninguém", finaliza RODRIGO LOPES.

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