A Organização Social, que gerencia a unidade hospitalar há cinco anos, apresentou os resultados do trabalho realizado e pediu o apoio dos parlamentares na renovação do convênio com o Estado e para a recomposição do valor contratual.
O Hospital Regional de São Miguel do Oeste dispõe de 92 leitos e é referência para o atendimento de pacientes de 30 municípios, o que corresponde a 230 mil habitantes.
No último ano, em função da pandemia, a unidade foi reestruturada e passou a disponibilizar 122 leitos. Aos dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva existentes foram acrescidos outros 25 para o atendimento de pacientes com Covid-19.
Ainda assim, no pico da contaminação por coronavírus ocorrido na região no mês de março, o hospital chegou a ter 20 pacientes intubados na área do pronto atendimento, à espera de um leito de UTI, de acordo com o diretor geral, RODRIGO LOPES.
Questionado pelos deputados FABIANO DA LUZ, do PT, e MARLENE FENGLER, do PSD, sobre as principais dificuldades da instituição durante a pandemia, LOPES citou a falta de profissionais, a necessidade de reestruturação física para a ampliação de leitos, a falta de medicamentos e os preços abusivos desses insumos no mercado.
O diretor-geral disse, ainda, que a pandemia evidenciou que o hospital é pequeno para o atendimento regional.
"Se os hospitais menores da região não tivessem assumido os pacientes clínicos, menos graves, a nossa dificuldade seria ainda maior", comentou.
Conforme LOPES, o enfrentamento da pandemia desestruturou o equilíbrio financeiro da unidade, principalmente em função do alto custo dos insumos e medicamentos.
"Não tem como fazer gestão com 1,5 milhão de reais de prejuízo por mês, que é o que estamos gastando em medicamentos. Então, a recomposição financeira em função da Covid é necessária", disse.
Ele afirmou que o Estado está buscando um meio legal de compensar os hospitais por esses custos e que os repasses financeiros estão em dia.
Ontem, o boletim do hospital regional de ontem mostra mais cinco altas, inclusive uma de paciente de São José do Cedro. Eram 23 pessoas na UTI e 15 na enfermaria.
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