Discussão sobre municipalização do serviço de saneamento básico é destaque na sessão do legislativo de São José do Cedro.

O plenário da Câmara de Vereadores esteve lotado na noite de ontem para acompanhar a discussão sobre o processo de municipalização do serviço de água e saneamento.

A Justiça já concedeu liminar ao município de São José do Cedro garantindo a tomada dos serviços por parte da prefeitura a partir de primeiro de abril.

O espaço para a discussão foi aberto ao final da sessão desta segunda-feira. Fizeram o uso da palavra funcionários e diretores da Casan, bem como lideranças regionais, vereadores e moradores.

O gerente local da Casan VALMOR ROSSETTI, foi o primeiro a fazer o uso da palavra e destacou a qualidade dos serviços prestados, bem como o desejo da Companhia de permanecer em São José do Cedro.

Segundo ele, o objetivo da sessão era explanar sobre isso e também pedir mais prazo para a administração, a fim de que a população possa se manifestar em audiência pública.

O diretor de operações VALTER GALINNA também explanou os motivos pelos quais acredita que a Casan deva continuar prestando os seus serviços em São José do Cedro.

Lembrou de cidades que municipalizaram e nos últimos anos voltaram a firmar parceria com a Casan e reiterou que a água distribuída em São José do Cedro está entre as melhores do estado.

GALLINA pediu que a administração retome as negociações com a Casan e decida postergar a data de municipalização, permitindo que a sociedade possa conhecer mais sobre o tema e também emitir um posicionamento.

Também pediu que a Câmara crie uma comissão para visitar os locais onde houve municipalização e onde a gestão é da Casan.

Ao ser questionado pelo vereador ARGEU PADILHA do porque de não haver investimento nos últimos anos em saneamento, GALLINA disse que todos os investimentos devem passar pelo Plano Municipal de Saneamento, que ainda não foi aprovado em São José do Cedro.

A partir da aprovação do plano, destacou ele, é que o município pode firmar um contrato de programa com o governo do estado, maior acionista da Casan, e estipular o que deve ser feito e em quanto tempo.

O diretor de comunicação do Sintaema, ODAIR ROGÉRIO, reforçou as palavras de GALLINA e alertou que o município ainda não tem plano, não tem valores apresentados para dizer o quanto e como vai investir no esgotamento sanitário, por exemplo.

Segundo ele, a questão do saneamento básico está em grande evidência e em muitos casos está virando balcão de negócios em Santa Catarina, com a privatização, o que segundo GALINNA não necessariamente é o caso de São José do Cedro.

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