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25.08.2015 |

Vereador de São José do Cedro sugere redução de subsídio do legislativo para um salário mínimo ou no máximo 900 reais


Vereador de São José do Cedro sugere redução de subsídio do legislativo para um salário mínimo ou no máximo 900 reais.

Na sessão ordinária da noite de ontem, o vereador SILMAR BRITZ, o NÊNE (PP), sugeriu para que fossem revistos os vencimentos dos vereadores de São José do Cedro a partir da próxima legislatura.

NÊNE BRITZ sugeriu a redução dos atuais2 mil 415 reais para 788 reais, valor do atual salário mínimo, ou no máximo para 900 reais o vencimento mensal de cada um dos nove vereadores de São José do Cedro.

O progressista afirmou que o tema foi levantado por várias pessoas da comunidade nos últimos dias. Ele disse que como representante do povo, na função de vereador, não poderia temer abrir esta discussão da redução do salário dos parlamentares na Casa.

BRITZ enfatiza que hoje o Brasil vive uma crise financeira em vários setores. Ele sugeriu que a Câmara de São José do Cedro, que é um exemplo para a região, também tome uma iniciativa popular o que geraria mais economia para os cofres públicos.

NÊNE BRITZ destacou que o objetivo desta proposta é pensar no bem da população. Segundo o vereador, se o salário dos vereadores fosse reajustado para baixo, seria possível a Administração investir mais recursos na secretaria de saúde, ou até repassar mais recursos para o Hospital de São José do Cedro.

"Sabemos que os municípios pequenos, como o nosso, vivem situações dramáticas na parte financeira. Se baixássemos o salário dos vereadores, seria uma forma de contribuir com o cenário atual e oferecer mais condições de investir na saúde das pessoas", destacou NÊNE BRITZ.

O tema gerou polêmica e vários debates entre as duas bancadas. O primeiro a se manifestar foi o vereador CLAUDIO WARTHA (PSDB), colega de bancada de NÊNE BRITZ.

Segundo o vereador tucano, nos últimos 24 anos, ele atuou durante 20 anos como vereador em São José do Cedro e não foi pelo salário pago mensalmente na casa.

O tucano considerou o salário pago hoje, de 2.415 reais, um valor insignificante se comparado aos compromissos, obrigações e despesas que a função de vereador exige. CLAUDIO WARTHA foi enfático ao afirmar que acha injusto baixar o salário dos vereadores porque é um direito adquirido.

"Eu trabalho muito pela minha comunidade e mereço o salário que recebo. Se algum vereador achar que não merece o que ganha, ou que recebe demais pelo serviço, que doe o salário ou repasse para entidades. Cada um é livre para escolher", sugeriu CLAUDIO WARTHA.

O vereador do PMDB, JOÃO DE ANDRADE, o RABICÓ, disse que concorda com a opinião do Vereador NÊNE BRITZ, de se reduzir os gastos com a manutenção dos poderes públicos.

Segundo ele, o exemplo principal deveria partir do legislativo federal, como o Senado e a Câmara dos Deputados, em Brasília.

ANDRADE disse que o vereador presta um serviço muito importante para a comunidade, pois é praticamente o primeiro político a ser cobrado ou solicitado em algum caso urgente.

RABICÓ pontuou que o vereador é um servidor público e merece ser tratado como tal. Ao mesmo tempo, o vereador exerce o papel de psicólogo, assistente social, conselheiro e outras tarefas, uma vez que é muito cobrado e solicitado pela comunidade.

Disse que é favorável reduzir os salários dos senadores e deputados, que é muito distante do universo dos trabalhadores brasileiros.

Disse que o vencimento dos vereadores de São José do Cedro não é muito, se comparado com o compromisso que a função exige. RABICÓ, concordou, porém, em fazer um debate com a comunidade sobre o vencimento ideal para os vereadores.

O líder do Governo, PAULINHO WOLFART (PP), durante os debates sobre o salário dos vereadores, surpreendeu declarando que não tem mais interesse em ser vereador e não será candidato a vereador nas próximas eleições municipais.

Ele afirmou que cada vereador está na casa por uma, ou outra situação. Conforme o parlamentar, que também é advogado, a função de vereador requer muita dedicação e empenho para a comunidade, mas para ele, tem trazido prejuízos em alguns momentos.

PAULINHO WOLFART enfatizou que só será candidato a vereador ainda um dia, na história de São José do Cedro, se os futuros vereadores NÃO RECEBEREM NADA, trabalhem de graça pela função.

O parlamentar disse que se candidataria a função de vereador novamente, se o salário fosse ZERO porque algo precisa ser feito com relação ao custo e ao pensamento das pessoas durante as campanhas eleitorais.

WOLFART disse respeitar a opinião de NÊNE BRITZ, mas acredita que é difícil alterar ou baixar o vencimento dos vereadores em São José do Cedro.

Segundo ele, os vereadores de agora poderiam votar os salários da próxima legislatura de São José do Cedro, porque alterar os atuais vencimentos mensais não é permitido por lei.

"A nossa câmara é um exemplo nos gastos públicos. Podemos gastar até 7% do orçamento anual no legislativo e não chegamos a 3%. Por isso penso que estes vereadores já têm muita responsabilidade com o dinheiro público", afirmou o progressista PAULINHO WOLFART.

O presidente da Câmara de Vereadores CLAUDIOMIRO ONGARATTO, o KÁDI (DEM) também se manifestou sobre o tema. Ele disse que respeita a opinião do colega NÊNE BRITZ, mas acredita que nenhuma pessoa trabalharia de graça, ainda mais no poder legislativo.

ONGARATTO afirma que se fosse definido que o vereador não receberia salário, ele não seria mais candidato em São José do Cedro.

"Todos os vereadores tem seus afazeres e deixam de trabalhar para si ou sua família para se dedicar à comunidade. Eu sou agricultor e deixo minha propriedade de lado. Eu acho injusto trabalhar, se dedicar e não receber nada. Se fosse para trabalhar de graça, sem salário, eu não me candidataria mais", disse o presidente KÁDI.

O Democrata enfatiza que cada vereador é livre para fazer o que quiser com o salário de 2 mil 415 reais pagos mensalmente.

Disse que a sugestão do colega BRITZ é válida, mas acredita que cada vereador merece o salário que atualmente ganha porque se dedica no poder legislativo.

O tema redução do salário dos vereadores deve novamente ser debatido em outras sessões da Câmara cedrense.

 

Foto: Lucas Maraschim Matias

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