Quem comprou leite e derivados na última semana levou um susto nas prateleiras dos mercados.
O produto, que estava custando cerca de 3 reais o litro, aumentou em torno de 50 centavos e em alguns estabelecimentos chegou aos 4 reais.
De acordo com o vice-presidente da FAESC e vice-presidente do Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado de Santa Catarina (Conseleite), ADELAR ZIMMER, o reajuste foi decidido na última reunião do conselho.
O aumento para o produtor foi de cerca de 10%, de acordo com ZIMMER, o que representa 20 centavos para a primeira quinzena de junho em relação à primeira quinzena de maio.
ZIMMER aponta que um dos principais fatores determinantes para o reajuste é a queda na produção do leite.
"Estamos na entressafra, portanto não há pastagem de inverno e a de verão está no fim", comenta o sindicalista.
O Sindicalista Cedrense aponta ainda que o alto preço da carne levou muitos produtores a descartarem vacas menos produtivas, vendendo para açougues e frigoríficos.
Outro motivo apontado é o aumento dos custos de produção. "O valor dos insumos está extremamente alto. O milho está com preço estratosférico e está em falta e Santa Catarina, depende da importação", revela ZIMMER.
O vice-presidente conta que o preço do produto deve ter ainda mais um aumento pequeno. "A tendência do leite é que o preço suba entre março e setembro e caia entre setembro a janeiro, porque o consumo do produto e dos derivados cai durante o verão".
Porém, este ano deve ser atípico. "Os custos da produção reduzem a expectativa de estabilização do preço. O milho e a soja são os principais componentes da ração e os preços estão muito altos", lamenta o sindicalista cedrense.
Foto: Ilustração
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