Repercutiu em todo o estado a ação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira para desarticular grupos de contrabando e descaminho que atuavam em cidades de Santa Catarina e do Paraná.
A Operação Mercador decorre de 100 dias de investigações, período em que foram apreendidas mercadorias avaliadas em 2 milhões de reais.
Ontem foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de condução coercitiva, além do sequestro de veículos nas cidades catarinenses de Dionísio Cerqueira, Florianópolis e São José, além das cidades do Paraná, de Francisco Beltrão, Marmeleiro e Guaratuba.
Ainda de acordo com a polícia, os grupos traziam clandestinamente ao Brasil produtos estrangeiros como camarão, alpiste, vinho, desodorante, perfumes, dentre outros, sem passar pela importação, por fronteiras irregulares entre Brasil e Argentina.
No caso do camarão, o produto era transportado, em muitos casos, sem refrigeração até o litoral de Santa Catarina e do Paraná, em condições impróprias para o consumo.
Foram apreendidos durante a investigação 25 toneladas de camarão, 14 toneladas de alpiste, 18 mil frascos de desodorante e 5 mil garrafas de vinho.
Além disso, foram apreendidos 140 mil reais em espécie, 135 mil pesos argentinos em espécie bem como 17 automóveis e seis caminhões que serviam para o transporte dos produtos.
Segundo a Polícia Federal, em 100 dias de trabalho, foram feitas 15 prisões em flagrante e foram instaurados 23 inquéritos policiais.
Devem ser impostos pela Justiça medidas cautelares de prisão como fianças de até 100 mil reais e o uso de tornozeleira eletrônica.
Ainda de acordo com os policiais, os envolvidos serão indiciados pelos crimes de contrabando, descaminho, associação criminosa, falsidade ideológica e crime contra a Ordem Tributária.
As penas máximas, somadas, podem chegar a 22 anos de reclusão, além da investigação por lavagem de capitais, com pena de até 10 anos de prisão.
Foto: Divulgação
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