Reunião do CONSELEITE confirma nova queda nos preços pagos pelo litro de leite ao produtor no mês de janeiro...
A informação é do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, professor ADELAR ZIMMER, que também é vice-presidente estadual do CONSELEITE...
De acordo com ZIMMER, os preços praticados na compra de leite pelos laticínios, neste início de 2018, estão nos mesmos patamares do ano de 2013...
A reunião do Conselho paritário foi realizada na semana que passou e confirmou viés de baixa de mais dois centavos por litro de leite produzido em Santa Catarina.
De acordo com projeção do Conselho, o leite entregue em janeiro para processamento industrial a ser pago em fevereiro pelos Laticínios terá uma redução de 2,4%.
Os valores projetados são os seguintes: leite acima do padrão 1 real e 9 centavos; leite padrão 95 centavos e abaixo do padrão 86 centavos. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso.
O vice-presidente do Conseleite ADELAR ZIMMER resumiu a situação: "os custos de produção situam-se em 1 real e 30 centavos por litro e a remuneração, no mercado, está um pouco acima de 1 real. O desânimo começa a tomar conta dos produtores que vão, aos poucos, abandonando a atividade", desabafou.
Conforme o sindicalista o baixo nível de consumo é o principal motivo dos preços baixos.
"Neste momento, as indústrias estão fortemente estocadas e o consumidor nesse período de verão prefere outras bebidas, como águas saborizadas, refrigerantes e cervejas. Reflexo disso é o fato dos supermercados fazerem todas as semanas promoções para venda dos estoques, ofertando o leite longa vida a menos de 2 reais a unidade", comentou ADELAR ZIMMER.
"Estamos em uma fase em que nem o produtor rural nem as indústrias estão ganhando. Estamos todos no prejuízo", disse ZIMMER.
Ele lembra que somente a embalagem tetrapak das caixinhas de leite custa mais de 25% do valor de venda no varejo.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) espera uma lenta recuperação, mas avalia que somente a retomada do consumo em grande escala e as exportações irão recompor a rentabilidade da cadeia produtiva de lácteos.
"Precisamos de um programa de exportação para escoar nossa vasta produção ao mercado externo. Não há outro jeito de prosperar e de superar essas crises cíclicas", encerra o sindicalista cedrense.
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