Polícia Civil vai realizar novas operações de fiscalização sobre a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade em estabelecimentos comerciais de São José do Cedro. A afirmação é do delegado, SANDRO ZANCANARO.

De acordo com ele, a operação realizada no último final de semana em uma casa noturna da cidade, com o apoio da Polícia Militar, do Conselho Tutelar e do Poder Judiciário, após o recebimento de diversas denúncias, constatou a presença de cinco adolescentes que haviam ingerido bebidas alcoólicas.

O delegado reitera que a venda deste tipo de produto para menores de 18 anos é proibida, assim como o seu consumo, e esta é uma previsão do ECA, o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Por conta disso, os proprietários do estabelecimento vão responder por infração ao artigo 143 do Estatuto e o estabelecimento foi interditado.

"É importante ressaltar que não é nenhum tipo de perseguição, até por que estou aqui pouco mais de um mês e não deu tempo de fazer amizade ou inimizade com ninguém. Eu garanto que, durante o ano, outras operações como esta serão realizadas nos bares e casas noturnas da cidade", afirma o delegado.

Ele destaca que o objetivo não é prejudicar a atividade de ninguém. Mas, quando chega ao conhecimento da Polícia Civil esse tipo de fato a instituição tem a obrigação de verificar e, se constatada a veracidade, de realizar o flagrante por uma determinação legal.

SANDRO ZANCANARO explica que a casa noturna interditada provisoriamente tinha todos os alvarás e licenças, exigidos para o funcionamento desse tipo de estabelecimento, em dia.

Ele acrescenta que a Polícia Civil também encaminha um processo administrativo apontando os problemas encontrados na casa noturna.

Conforme o delegado, nesse processo será dada a oportunidade de os proprietários resolverem os impasses e, somente caso isso não ocorra, haverá interdição definitiva.

Ao mesmo tempo, ele salienta que a Polícia Civil, com auxílio do IGP, o Instituto Geral de Perícias, investiga a propriedade de uma embalagem com oito compridos de substância entorpecente encontrada no chão da casa noturna.

Ele aponta que a análise do IGP identificará as propriedades químicas, e apontará se eram de crack ou ecstasy, e também de quem são as impressões digitais presentes no plástico que as envolvia.

Para o delegado, como a embalagem foi encontrada no chão não foi imputada a responsabilidade de traficância aos proprietários do estabelecimento, uma vez que, possivelmente, isso ocorria sem o conhecimento deles.

Agora, a Polícia Civil aguarda os laudos periciais para dar prosseguimento a esta parte da investigação.

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