Agricultores deveriam receber pelo menos um real e 20 centavos pelo litro de leite vendido. A afirmação é do administrador da Cooperflor de Guarujá do Sul, ANTONIO BORTOLINI.

Depois de uma alta considerável há dois anos, quando o litro do produto chegou a valer dois reais, no ano passado houve queda drástica. Alguns produtores voltaram a receber menos de um real por litro de leite.

Agora, segundo ele, há uma perspectiva de pequena valorização do produto por conta do aumento do consumo com a chegada do inverno e também em razão do período de entressafra, quando a oferta de leite no mercado diminui.

O administrador da cooperativa guarujaense observa que, embora deva existir uma reação positiva nos preços, os agricultores não devem se iludir com valores como os praticados há dois anos.

BORTOLONI analisa que o pagamento de um real e 20 centavos por litro de leite é um preço satisfatório neste momento.

"Maioria do leite é transformado em longa vida, que é o produto mais popular. Se esse leite ficar muito caro as pessoas deixam de consumir e há sobra no mercado. Com excesso de oferta os preços caem de novo e isso prejudica toda a cadeia leiteira", analisa.

Para o administrador da Cooperflor, um real e 20 centavos é valor suficiente para cobrir os custos de produção da maioria dos produtores, já que isso depende do tipo de tecnologia empregada pela propriedade, e ainda torna o produto acessível aos consumidores.

"Penso que se o produtor conseguisse ficar com um custo médio de produção entre 70 e 80 centavos durante o ano seria possível ter retorno com a atividade", pontua ele.

"Devemos nos lembrar de que o preço internacional do leite é em torno de 35 centavos de dólar. A gente não pode ter o leite mais caro do mundo. Por isso, penso que um e 20 é bom para o produtor e para o consumidor", avalia ANTONIO BORTOLINI.

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