Menos de uma semana exercendo a função de governador de Santa Catarina, o emedebista EDUARDO PINHO MOREIRA, anunciou ontem, durante uma coletiva de imprensa, em Florianópolis, a desativação de 15 ADRs, as Agências de Desenvolvimento Regional, e de quatro secretarias executivas de Estado.
Entre as ADRS desativadas estão a de Dionísio Cerqueira e a de Itapiranga, que devem ser incorporadas a de São Miguel do Oeste.
As Secretarias Executivas desativas são: de Articulação Estadual, de Assuntos Internacionais, de Assuntos Estratégicos e de Supervisão de Recursos Desvinculados.
Após o anúncio, a Rádio Integração buscou contato com o secretário executivo da ADR de Dionísio Cerqueira, NORBERTO HART.
A assessoria de comunicação repassou apenas que, não havia informações oficiais sobre a decisão do governador. Também, que o secretário NORBERTO HART estava na capital do Estado, onde deveria receber informações sobre como proceder de agora em diante e que ele deve se manifestar a partir de hoje sobre o assunto.
A expectativa de PINHO MOREIRA é que a ADR de Dionísio Cerqueira, assim como as outras 14 listadas, já esteja fechada em março.
Vale lembrar que elas serão apenas desativadas e não extintas, uma vez que a extinção depende de aprovação da Assembleia Legislativa.
O secretário executivo da ADR de São Miguel do Oeste, VOLMIR GIUMBELLI, disse à Rádio Integração que foi surpreendido pela decisão.
Ele ainda não havia tomado conhecimento sobre o que está escrito no decreto e nem tinha recebido qualquer orientação por parte do governo do Estado até ontem à tarde.
O modelo de descentralização administrativa foi implantado em 2003, em Santa Catarina, pelo então governador LUÍS HENRIQUE DA SILVEIRA, que também era do MDB.
Ele criou 29 estruturas com a justificativa de descentralização administrativa, número que mais tarde chegou a 36 em todo o Estado.
Em 2013 o Tribunal de Contas do Estado realizou uma auditoria e constatou que a organização nesse formato onerava demais os cofres públicos. Há informações de que juntas, as 35 ADRS - já que a de Florianópolis já tinha sido desativada - consumiam, por ano, 619 milhões de reais.
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