Porém, valor repassado pelo SUS para cobrir os custos, além de estar defasado, só equivale à metade dos procedimentos.
De acordo com a administradora da Associação Beneficente Hospitalar Cedro, ALINE WARTHA, as dificuldades enfrentadas para a manutenção da unidade em funcionamento perpassam diversas questões.
Um dos entraves está relacionado à defasagem da tabela de pagamento do SUS. Para uma consulta médica, segundo ela, o hospital recebe 11 reais.
Outro problema é quantidade de consultas pagas pelo Sistema Único de Saúde. Enquanto os médicos fazem 700 consultas por mês, o hospital recebe para apenas 369, aponta a administradora.
Somente nessa conta há um déficit de três mil 641 reais. O hospital de São José do Cedro recebe pouco mais de quatro mil, mas em compensação, tem um gasto de sete mil e 700 reais.
ALINE WARTHA salienta que outra conta que não fecha diz respeito à aplicação de medicação. O hospital recebe 63 centavos para pagar medicamentos, independente de qual seja o tipo.
Ela compara o valor recebido com o custo de uma seringa, que equivale justamente a 63 centavos.
A administradora da unidade hospitalar cedrense frisa que é óbvio o desiquilíbrio entre receita e despesa, isso sem contar os gastos com pagamento de profissionais e limpeza.
Por isso, ela reitera a justificativa para os pedidos de colaboração espontânea aos pacientes atendidos pelo hospital.
"Infelizmente, a tabela do SUS está muito defasada e isso é um problema que vai perdurar até o governo entender que não adianta mandar um dinheiro em determinado momento e tudo estará resolvido. Nesse aspecto, o que precisa é atualizar a tabela do SUS", finaliza ALINE WARTHA.
Foto: Arquivo/Rádio Integração
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