A propriedade LIANE e MARCELO BECKER, localizada na Linha Sagrada Família, tem ganhado destaque como modelo de gestão da atividade leiteira com o uso do sistema silvipastoril, que é a combinação de árvores, pastagem e gado numa mesma área.
A família, que atua na atividade há cerca de quatro anos, possui 15 vacas e a produção é de cinco mil e 500 litros de leite por mês. Eles trabalham numa propriedade pequena de sete hectares, sendo quase seis hectares destinados aos bovinos.
A área é dividida em piquetes de 675 metros quadrados cada um. São 52 piquetes com pastagem perenes de verão como o tifton e o pioneiro.
Quando seca o pasto, entre os meses de março e abril, MARCELO BECKER faz a sobressemeadura com aveia e azevém e as pastagens já estão prontas para pastorei no inverno.
Com o piqueteamento e plantio de árvores na área de pastagem acontece o que os técnicos chamam de "efeito porão".
O extensionista da Epagri de Princesa, LEANDRO HUBNER explica que ocorre uma diferenciação positiva da temperatura tanto no inverno quanto no verão.
"O sombreamento possibilita uma diminuição de temperatura entre oito e 10 graus no local em que estão os animais durante o verão. No inverno percebe-se uma redução dos efeitos da geada nestes ambientes", detalha.
Além disso, na propriedade de LIANE e MARCELO BECKER o projeto envolve bom manejo da criação das terneiras.
O gerente regional da Epagri JONAS RAMON diz que o objetivo é pensar na vaca do futuro, afinal são as terneiras que vão garantir a produção de leite dentro de dois anos.
"É fundamental o produtor fazer uma criação de forma racional porque o custo é alto e enquanto elas não estiverem produzindo leite a família só tem despesas. Mas o investimento compensa pelo retorno que vai vir mais adiante", enfatiza RAMON.
Foto: Divulgação Web/Ilustração
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