A avaliação é do engenheiro agrônomo e professor, NÉDIO VERDI.

De acordo com ele, a proposta de alteração na legislação que rege o uso e a autorização para comercialização de agroquímicos no Brasil, que tramita no Congresso Nacional, trouxe à tona o embate entre ruralistas e ambientalistas.

O profissional cedrense pontua, entretanto, que na atual configuração do mundo capitalizado, seria muito difícil eliminar o uso de agrotóxicos no país.

"Isso até poderia dar certo em uma determinada região, depois de anos de planejamento e trabalho de orientação", comenta ao detalhar que não adianta um ou dois, no meio de todos os outros, tomar essa inciativa.

Isso por que, conforme NÉDIO VERDI, os agrotóxicos não respeitam divisas. Há alguns tipos que se aplicados em dias de vento, por exemplo, o 2.4D, chegam a mil e 800 metros à deriva.

Então, o efeito que era bom para o controle de pragas no campo causa prejuízo aos parreirais de uva, que deixam de produzir, por exemplo.

De outro lado, ele observa que a falta de equilíbrio ecológico, ou seja, quando a praga tem seu inimigo natural, impossibilita culturas de alta produtividade sem o uso de químicos, atualmente.

Neste sentido, o engenheiro agrônomo de São José do Cedro observa que a saída seria apostar da conscientização para o uso racional dos agrotóxicos, com as tecnologias corretas de aplicação e para as culturas indicadas.

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