Estiagem, esgotamento sanitário e poluição das águas são desafios para a gestão das águas na Bacia Hidrográfica do Rio das Antas e águas contíguas. A afirmação é do presidente do Comitê Antas, GIOVANI TEIXEIRA.

De acordo com ele, a região sofre historicamente com períodos de estiagens, com a falta de esgotamento sanitário adequado nas cidades e com a poluição provocada pelos dejetos de animais no meio rural, além dos efluentes industriais de abatedouros e indústrias de laticínios.

A Bacia do Rio das Antas abrange uma área total de 6.016 quilômetros quadrados, englobando área total ou parcial de 35 municípios catarinenses onde vivem 252.663 habitantes.

GIOVANI TEIXEIRA revela que diagnósticos recentes mostram que, no que se refere à ocorrência de eventos hidrológicos extremos na nessa área, as secas são os mais frequentes.

São, em média, aproximadamente 14 eventos por ano em diferentes municípios, sendo Palma Sola o município mais afetado.

Ele destaca que a região da Bacia do Rio das Antas é a terceira com maior número de eventos de secas registrados entre 2003 e 2015 no Estado de Santa Catarina. Foram 186 períodos de estiagem no total.

Ao mesmo tempo, ele pontua que diversos municípios da região sofrem com a deficiência no sistema de esgotamento sanitário adequado.

Dados publicados pelo IBGE mostram que as formas predominantes utilizadas nos domicílios são fossa. A rede geral de esgoto ou pluvial existe em apenas 6,63% dos domicílios.

Para o presidente do Comitê Antas, é preciso reforçar o trabalho de conscientização na região.

"A sociedade como um todo, entidades representativas da sociedade civil, órgãos públicos e usuários de água têm que atuar juntos na gestão eficiente dos recursos hídricos para garantir que haja água para todos que necessitarem dela. Com isso, conseguiremos também garantir o desenvolvimento econômico de forma sustentável", avisa.

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