O golpe do bilhete premiado é um dos mais antigos crimes de estelionato de que se tem notícia no Brasil. Teria surgido na década de 1940.
Mesmo assim, há registros diários de pessoas - de todas as idades e classes sociais - vítimas desse delito.
As técnicas utilizadas pelos vigaristas são rústicas e repetitivas, mas capazes de convencer até mesmo pessoas experientes.
No dia primeiro de agosto, a terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina manteve a condenação de uma mulher que aplicou o golpe contra uma senhora de 74 anos no oeste.
Segundo consta no processo, o acusado abordou a vítima no centro de São Miguel do Oeste às 11 da manhã do dia 17 de setembro de 2013.
Eles não se conheciam, conversaram alguma coisa e ele disse que havia ganho na loteria. Outra mulher se aproximou, demonstrou interesse no prêmio e fez algumas perguntas para o homem, do qual era cúmplice.
Não satisfeita, fez uma ligação, que disse ser para a Caixa Econômica Federal. A pessoa do outro lado da linha, também do bando, confirmou o prêmio de 800 mil reais.
Em seguida, o homem falou que daria o bilhete para elas, mas fez a exigência de 10 mil reais, pois não poderia esperar a liberação dos 800 mil.
A vítima fez as contas e achou que seria um excelente negócio. Foram os três de carro até agência da Caixa, onde a vítima sacou os 10 mil. Ela repassou o dinheiro, eles entregaram o bilhete e foram embora.
Os réus fizeram a mesma coisa no dia seguinte, na mesma cidade. Abordaram outra mulher e tudo aconteceu quase do mesmo jeito. A vítima entregou quatro mil para os criminosos.
Imagem ilustrativa
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