A afirmação é do psicólogo clínico e terapeuta familiar, BARTOLOMEU PATRÍCIO.
Entrevistado pela Rádio Integração após um trabalho com profissionais da Educação, por meio de uma parceria entre Associação Betânia e o Cras de São José do Cedro, ele fez um alerta para os riscos do fato de o celular estar se tornando uma extensão do corpo.
"Hoje, quem não está conectado está fora do contexto social contemporâneo. Embora tenhamos facilitações, porque é um instrumento que pode ser usado de maneira edificante que dá voz e vez as pessoas, também representa perigos, por exemplo, a partir do uso excessivo, que causa dependência e tende ao isolamento social", explica BARTOLOMEU PATRÍCIO.
De acordo com ele, do ponto de vista comportamental a internet nasceu com o propósito de globalizar, mas tem separado as pessoas, justamente pelo uso excessivo e indiscriminado.
"As famílias têm sido separadas pela internet. Quem usa está sozinho, não partilha com a pessoa do lado o que está acessando ou postando. Da mesma forma, casais têm se separado por conta dos flagrantes de relações virtuais, que apesar de não serem reais demonstram uma intenção e mexem com as emoções", comenta o psicólogo clínico e terapeuta familiar.
Ele orienta para o uso moderado, com horários limitados, a fim de as pessoas terem mais vivências do mundo real, de se relacionarem com outras pessoas, efetivamente curtirem os momentos e não fazerem deles um espetáculo para exposição nas redes sociais.
"Há vida fora das redes sociais. As pessoas têm que entender que felicidade é um estado e tem que ser buscado a cada dia a partir de objetivos que podem ser alcançados. O comparativo com o que está exposto na internet gera adoecimento. Essas pessoas amargam tristeza, estão morrendo antes de a morte chegar", afirma BARTOLOMEU PATRÍCIO.
Foto: Divulgação
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