Somente no primeiro semestre, deste ano, 38 homens receberam atendimento na Clínica de Psicologia da Unoesc São Miguel do Oeste. Nesse período, foram realizados 17 encontros.
Segundo a acadêmica de psicologia, JOSIANE ROMANCINI, em 72% dos casos, atendidos no primeiro semestre do ano, a violência praticada pelo agressor foi a psicológica.
Ela destaca que, diferentemente do que se imagina, não é preciso que a mulher seja agredida fisicamente para estar em uma relação violenta.
"Palavras e atitudes podem ferir a autoestima e o emocional de uma pessoa tanto quanto uma violência física. Porém, por ser subjetiva e, por isso, de difícil identificação, esse tipo de violência, na maioria das vezes, é negligenciada até por quem sofre, por não conseguir perceber que ela vem mascarada pelo ciúme, controle, humilhação, por ironias e ofensas", alerta a acadêmica.
JOSIANE salienta que, neste contexto de violência doméstica, tanto a mulher quanto o homem devem ser escutados e compreendidos.
"Desde 2018, quando começou o Grupo, até o início de agosto, houve apenas uma reincidência. Isso mostra que o Grupo Psicoterapêutico está cumprindo com o seu papel, fazendo com que os homens ressignifiquem os seus problemas e não cometam os mesmos erros", avalia.
O Programa Basta é realizado pela Unoesc, em parceria com o Poder Judiciário e a Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso de São Miguel do Oeste.
O programa está entre os cinco selecionados no Estado de Santa Catarina e concorre ao Prêmio Innovare. O resultado final será divulgado em novembro.
O prêmio tem como objetivo identificar, divulgar e difundir práticas que contribuam para o aprimoramento da Justiça no Brasil.
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