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18.02.2020 |

Monitoras de creche voltam a ocupar plenário da Câmara de Vereadores para pedir ajuda em relação ao que chamam de ‘impasse' com relação ao reajuste concedido ao magistério de São José do Cedro


 

O encontro ordinário de ontem, sob presidência de ISOLDI WILL, do Progressistas, teve andamento normal. Dois projetos de lei de origem executiva deram entrada e, como não houve regime de urgência, foram baixados em comissão para análise.

Ao final, na palavra livre ao público, a monitora de creche JANETE NEUMANN voltou a se manifestar. A profissional, que atua na Creche Nossa Senhora Aparecida, falou sobre a classe e suas atribuições.

Ela fez referência a notícias divulgadas pela mídia local em que as atribuições teriam sido reduzidas a auxiliar o professor nas atividades de alimentação, cuidados especiais de limpeza e dedicação às crianças.

O entendimento de parte da categoria destoa do que diz a matéria publicada durante o Rádio Jornal Integração de terça-feira da semana passada, que deixa claro que esta é uma das atribuições do cargo, quando cita que as monitoras de creche têm atribuições como esta, e, portanto, fica subentendida a existência de outras também.

Ontem, em nome da categoria, JANETE NEUMANN, fez questão de listar todas as atribuições que as profissionais têm no dia-a-dia, adicionando, por exemplo, a incumbência de participar da elaboração e cumprimento do plano de trabalho, de zelar pela aprendizagem dos alunos pela qualidade da educação e imagem do estabelecimento de ensino, de participar das atividades de rotina e de colaborar nas atividades de articulação com as famílias e a comunidade.

Ao mesmo tempo, a profissional deixou claro que as monitoras de creche estão lutando por melhorias salariais e elas acham justo receber o aumento ofertado ao magistério pelo Piso Nacional, que ficou na casa de 12,84%.

As monitoras de creche, no entendimento do setor jurídico da prefeitura cedrense, se enquadram no reajuste dos demais servidores, que foi de 7,31%.

"Não estamos aqui para desmerecer as professoras que desempenham também um ótimo trabalho. Queremos apenas nossos direitos e receber o reajuste", salientou JANETE NEUMANN.

O vereador IRONI FEDRIZZI, do MDB, teceu uma manifestação de apoio às profissionais. Disse que, diariamente, visita as creches e percebe o carinho e o zelo que as monitoras têm, tal qual as professoras, para com as crianças.

O líder da oposição na casa, JOÃO DE ANDRADE, também do MDB, voltou a explicar que a lei de 2006 incluiu o monitor no quadro do magistério.

Destacou que a lei 4.271 do ano 2014 incluiu todas as categorias no magistério e, por isso, existe uma lei que autoriza as monitoras a receberem o reajuste do magistério nacional.

"Foi o atual prefeito que enviou para a Câmara de Vereadores a lei. Ela precisa ser cumprida", salientou ANDRADE.

O vereador emedebista FLÁVIO DOS SANTOS, por sua vez, disse que lei não se discute. Para ele, lei se cumpre. Frisou que é preciso valorizar mais a educação.

Com relação ao reajuste, na visão do vereador do MDB, os valores não vão afetar os cofres públicos. "É possível fazer sim, o que falta é vontade", opinou ele.

O vereador da bancada de situação, CLÁUDIO WARTHA, do PSDB, afirmou que fica triste ao perceber esta situação.

Conforme foi relatado pela monitora em plenário, prosseguiu WARTHA, a lei é de 1988 e, de lá para cá, já se passaram mais de 30 anos e várias administrações e ela não foi cumprida.

"Não existe duas verdades ou meia verdade. Se esta questão não foi resolvida pelas várias administrações que já passaram há algo que não está bem explicado", comentou WARTHA.

O vereador ainda disse que consultou a assessoria jurídica da prefeitura para saber o motivo deste impasse com as monitoras de creche. WARTHA foi informado pelo assessor jurídico de que a prefeitura não pode pagar, pois não há enquadramento na lei.

A líder do Governo, MÁRCIA DEMOSSI, do Progressistas, frisou que há advogados têm um diferente entendimento sobre este caso e lamentou o impasse, mas disse que nenhum vereador é contra a classe.

MÁRCIA ainda confirmou para a próxima sexta-feira, dia 21 de fevereiro, uma reunião com uma comissão das monitoras no gabinete do prefeito PLÍNIO DE CASTRO para tentar resolver esta questão.

A presidente da Câmara, ISOLDI WILL, ao final, também teceu comentários a respeito do tema. Ela garantiu que nenhum vereador cedrense é contra a categoria. Citou inclusive que a atual administração concedeu à classe, por exemplo, os relacionados às férias.

Disse que a audiência com o prefeito cedrense, nesta semana, será uma boa oportunidade para que as explicações a respeito do tema sejam dadas e quaisquer dúvidas sejam dirimidas entre o executivo e as monitoras de creche.

 

 

Foto: Arquivo/Rádio Integração/Creche Nossa Senhora Aparecida

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