A informação é do engenheiro agrônomo da Epagri, CLEITON FURLANETTO.
De acordo com ele, a estiagem e a cigarrinha provocaram uma quebra na produtividade das lavouras que chegou à média de 40 a 45%, com 4.800 a 5 mil quilos de milho por hectare, o que representa menos de 100 sacas do grão em 10 mil metros quadrados de área.
Na safra anterior tinham sido colhidos, em média, 7 a 8 mil quilos de milho por hectare em São José do Cedro.
Sem contar as intempéries climáticas, como a estiagem, ele ressalta que a produtividade das lavouras de milho está atrelada ao manejo feito por parte do agricultor.
"Hoje o agricultor consegue os insumos com recursos próprios ou por meio de um custeio no banco. A diferença da produtividade está na forma como ele prepara o solo, as sementes e trata o desenvolvimento das plantas", comenta.
Segundo o agrônomo, de nada adianta colocar 20 sacos de adubo por hectare se o solo não está preparado para o plantio de milho, por exemplo.
"O técnico vai saber orientar qual o melhor manejo para cada área e que vai trazer mais retorno econômico. Por que você pode até conseguir uma boa produtividade, mas gastar demais para isso e não ter lucratividade", observa.
Conforme FURLANETTO, a saída é apostar no manejo uma vez que a área de produção de milho em São José do Cedro praticamente não muda nos últimos anos.
O último Censo Agrícola mostrou que havia em torno de 1.130 estabelecimentos rurais no município e nove mil hectares de lavoura. Pouco mais de um terço é utilizado para o plantio de milho para silagem, outro terço para milho em grão e uma área menor, em torno de 500 hectares, para o plantio de soja.
Como na visão dele não há novas grandes áreas de lavouras para serem abertas em São José do Cedro, tendo em vista também os 20% de reserva legal, a área plantada de milho deve ser semelhante no decorrer dos anos.
O agrônomo comenta que o fato de a bacia leiteira ser forte também estabelece prioridade de plantio de milho para silagem e, por isso, não acredita em migrações significações entre lavouras de milho e soja, ou outras culturas que venham a ter preços melhores.
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