Hoje, NORMÉLIO MENEGAZZO, que foi empresário, vereador e também prefeito da cidade em duas oportunidades participou do programa Canal Aberto. A entrevista será reproduzida ainda no fim da tarde, após a Oração da Ave Maria, aqui pela Rádio Integração.

No projeto, desenvolvido com auxílio de parceiros comerciais guarujaenses, ele lembrou a chegada a Guarujá do Sul em 1960, quando ainda era criança. Um ano antes da emancipação político-administrativa.

Falou da trajetória de estudos, de trabalho e especialmente do envolvimento político, por exemplo, a eleição como vereador em 1970, quando o trabalho não era remunerado.

NORMÉLIO MENEGAZZO também resgatou aspectos sobre os dois mandatos de prefeito, iniciando o primeiro deles em 1982, como sucessor de CLEMENTE CONTE.

Durante o período, que era de Ditadura Militar, Guarujá do Sul pertencia à área de segurança nacional e o mandato foi estendido por mais dois anos. Depois de um intervalo de quatro anos fora do Executivo, NORBERTO MENEGAZZO foi reconduzido prefeito da cidade.

Entre as passagens das quais recorda, comenta sobre a enchente de 1983, que provocou uma série de estragos.

Uma casa, às margens do Rio das Flores, foi arrastada até uma das traves do campo do Módulo Esportivo recém-inaugurado, segundo ele. No interior, quando o costume era lavrar a terra, a água provocou erosão e uma série de danos às estradas.

Também se recorda de uma viagem feita como então prefeito de São José do Cedro, CLADI GRANDO, até Florianópolis e depois Brasília, para reivindicar a pavimentação da BR-163 no início da década de 1980.

"A gente tinha que fazer planejamento para ir até São Miguel do Oeste naquela época. Saíamos de manhã cedo para retornar no fim do dia em razão da condição da estrada", destaca.

NORMÉLIO MENEGAZZO frisa a primeira obra de asfaltamento de ruas no quadro principal da cidade há 36 anos, em parceria com o governo do Estado, na época gerido por ESPERIDIÃO AMIN.

Naquele tempo, segundo o ex-prefeito guarujaense, não existia o sistema de emendas parlamentares. Os recursos tinham de ser viabilizados diretamente com os governos estadual e federal.

Do tempo de gestor municipal, NORMÉLIO MENEGAZZO ainda ressalta obras de calçamento em mais de 40 ruas, a conclusão do primeiro posto de saúde, do ginásio municipal, os investimentos no hospital, a construção de 23 salas de aula e do antigo Colégio Cenecista, a implantação de campos de futebol e centros comunitários no interior.

Também, lembrou o desenvolvimento de projetos habitacionais como o Raio de Sol e na Vila Sulina e a construção da sede da Câmara de Vereadores.

Além disso, fez observações sobre traumática história do frigorífico de Guarujá do Sul.

"A gente se envolveu de cabeça no projeto do frigorífico. Era pra ser a nossa redenção e foi nosso caos total", desabafou.

NORMÉLIO MENEGAZZO comentou que o baque da quebra foi muito difícil para a comunidade guarujaense, inclusive para os pequenos empresários do município. O frigorífico chegou a empregar 220 funcionários.

"Foi uma sucessão de erros. O principal deles foi não aceitar a venda para a Aurora. Se tivesse acontecido isso, a região toda iria crescer. Assim, todo mundo sofreu. Infelizmente, não deu. Passou, ainda estamos pagando essa conta. Mas, sobrevivemos", afirmou.

Hoje aposentado, ele continua vivendo com a esposa em Guarujá do Sul, que neste domingo celebrará os 60 anos da emancipação político-administrativa.

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