A informação é do articulador das iniciativas para a região, ADEMILSON RAMÃO.
Ele é o responsável por desenvolver as ações do projeto no Extremo-Oeste na área de abrangência de cinco sindicatos, desde Mondaí Guaraciaba, Palma Sola, Dionísio Cerqueira, incluindo o Sintraf, Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de São José do Cedro.
O objetivo é discutir o papel do sindicalismo na região no passado, no presente e sobre os rumos que devem ser seguidos.
O articulador do projeto Terra Solidária - Articulando Territórios frisa que já foram feitos seminários online e nesta sexta-feira acontece uma oficina prática, desde às 9 horas, na casa do presidente do Sintraf local, a fim de discutir o papel do sindicato na sociedade.
"O primeiro momento é com a direção do sindicato para fazer um resgate histórico sobre o que o sindicalismo representa para a agricultura familiar", explica.
RAMÃO adianta que no decorrer dos anos os sindicatos já foram assistencialistas, prestando atendimento médico e odontológico aos agricultores, conquistou o crédito rural e o seguro agrícola para casos de intempéries, por exemplo.
A intenção é discutir qual o papel dos sindicatos daqui para frente e de que forma poderá trabalhar para auxiliar o agricultor familiar enfrentar desafios como o envelhecimento da classe, a falta de sucessão familiar e a tecnificação do trabalho rural.
O articulador do projeto destaca que estes aspectos serão discutidos mais a fundo na segunda etapa a partir de agosto até o final de novembro.
"Vamos ter que sentar com os jovens e depois com os pais e no terceiro momento com as duas gerações para amenizar os conflitos e melhorar o índice de sucessão, assim como temos que discutir sobre os modelos de produção", assinala.
Ele comenta que hoje quem tem 50 vacas pode ser médio produtor, daqui a cinco anos pode ser considerado pequeno e daqui a dez anos poderá estar fora do mercado.
"Precisamos estar preparados para o avanço da tecnologia a fim de evitar o êxodo rural", finaliza ADEMILSON RAMÃO.
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