Manifestações da população deram a tônica da sessão da Câmara de Vereadores de São José do Cedro ontem à noite.

A sessão presidida por CLÁUDIO WARTHA, do PP, iniciou com a pauta limpa e houve apresentação de um projeto de lei.

A matéria, vinda do Executivo, solicita autorização para pagamento de R$ 15 mil reais, relativos a manutenções feitas na iluminação pública ainda em 2021, e foi baixada em comissão para análise.

No encontro, houve manifestação da diretora do Cemeg infantil, VERA SCHOLL, convidando para a escolha do Casal Girassol no dia 23 de setembro, às 15h, no Clube Cedrense.

Também se manifestou a técnica em Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde, ELIANE RODRIGUES, representando profissionais da área que reivindicam o pagamento do piso salarial.

Ela ponderou a necessidade de aplicação local da lei, aprovada em nível nacional, prevendo R$ 3.325 para técnicos em Enfermagem com jornada de 44 horas semanais, o que corrigiria uma histórica defasagem nos vencimentos da categoria em São José do Cedro.

Vereadores como FERNANDO WILL, MÁRCIA DEMOSSI, do PP e GUILHERME FERRARI do MDB expuseram sensibilidade à causa dos técnicos em enfermagem atuantes no município.

Ainda, na sessão de ontem, o ex-vereador e presidente do Legislativo SILMAR BRITZ, destacou preocupação com a hipótese de uma discussão no Conselho Municipal de Educação nesta terça-feira, para unificação do uniforme escolar na rede municipal.

Ele observou proximidade com o Cemeg, que há mais de cinquenta anos mantém identidade diferenciada. Primeiro nas cores amarela e branca e, depois dos anos 2000, alteradas para verde e branca.

BRITZ aproveitou para citar desagrado com o método de substituição da Apostila Positivo - adotada até então pelo Cemeg - pelo sistema unificado para a rede municipal com Aprende Brasil, por isso resolveu antecipar o posicionamento contrário a probabilidade de unificação do uniforme, tendo por base a história construída pela escola.

A vereadora TÂNIA DOS SANTOS, do MDB, secretária de Educação à época da adoção do Aprende Brasil, explicou que a decisão de oferecer a apostila para toda a rede municipal se deu com interesse de universalizar o acesso aos estudantes, inicialmente do primeiro ao quinto ano e, depois, do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental nas escolas de São José do Cedro.

Ela disse que a apostila utilizada antes pelo Cemeg é para carga horária maior de estudos. O sistema Aprende Brasil, segundo TÂNIA, é adequado às escolas públicas e completamente custeado pelo município.

Antes, as apostilas Positivo vinham sendo custeadas pelos pais dos alunos. Segundo a vereadora, por ser escola pública isso estaria em desacordo com a lei. Muitos pais, com esse argumento, não pagavam o material restando à escola fazer promoções para honrar o compromisso.

Diante das colocações, o vereador FERNANDO WILL, concordou com a necessidade de avaliação dos resultados a partir da adoção do sistema Aprende Brasil.

Lembrou que a avaliação que subsidia o Ideb, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, deve ser realizada em outubro e, então, haverá parâmetro para analisar se o investimento feito na compra do material todos os anos vale a pena.

A vereadora MÁRCIA DEMOSSI, funcionária de carreira do Cemeg, relatou que durante toda a segunda-feira a escola recebeu questionamentos acerca do que trataria o ponto uniforme na pauta da reunião do Conselho Municipal de Educação.

Sem ser a universalização do modelo, ela disse esperar que a discussão fosse em torno da oferta de peças, prevista em lei municipal. Conforme ela, há dois anos, os estudantes não recebem uniforme escolar do poder público municipal.

Foto: Ascom Legislativo

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